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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hd externo ajuda a desafogar o computador

À medida que a tecnologia “participa” mais da vida das pessoas, aumenta o número de informações e dados que precisamos guardar e transportar. São documentos, mensagens, fotos, músicas, jogos e até vídeos que, independentemente do seu valor real ou sentimental, acabam sempre nos mesmos lugares: no disco rígido do computador ou em alguma mídia removível.

Do mesmo modo que acumulamos cada vez mais informações, também é interessante que algumas delas possam ser compartilhadas ou acessadas, mesmo que o computador esteja desligado. É aí que os discos de rede entram em cena, para fazer o que os servidores de arquivos faziam no passado: compartilhar arquivos e pastas entre vários usuários com maior ou menor nível de segurança.

Segundo pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em Berkeley, a humanidade gerou, somente no ano de 2002, aproximadamente 5 Exabytes (o número 5 seguido de 18 zeros) de informações novas e únicas. O estudo estima que esse número cresça em torno de 30% a cada ano. Ou seja, haja discos para guardar informação. Tanto é que, atualmente, os discos rígidos mais vendidos no mercado já estão na casa dos 500 GB, mas o mercado já trabalha bastante também com HDs que chegam a 1 Terabyte (TB). Porém, se você não estiver disposto a trocar o seu HD - ou o seu computador - e ele já está chegando ao limite de armazenamento, a maneira mais simples e prática para expandir a capacidade são os discos externos com porta USB 2.0 (segunda versão do USB, com velocidade de 480 Mbps ou cerca de 60 MB por segundo).

Os participantes

Atenderam ao nosso convite, os principais players desse mercado. Seguem abaixo as empresas e os produtos analisados:

- Seagate, com o FreeAgent Pro

- Western Digital, com o My Book Home Edition (500 GB)

- Iomega, com dois modelos: o Home Network Hard Drive (320 GB) e o StorCenter Network Hard Drive (500 GB)

- LaCie, com o Ethernet Disk Mini Network Hard Drive (500 GB)

- NetGear, com o ReadyNAS 1100 (2 TB)

- LinkSys, com uma solução de armazenamento NAS200

- TRENDnet, com o TS-U200 (200 GB)

Uso Pessoal

Os modelos mais comuns são os que trazem porta USB 2.0. Esses discos funcionam mais ou menos como os pen drives de bolso, só que com uma capacidade infinitamente maior. Para ligá-los é muito fácil: basta ligar o disco na tomada e conectá-lo numa porta USB do seu computador. Se tudo der certo, ele estará em operação em poucos segundos, aparecendo no painel de controle como mais um disco do seu micro.

No geral, as coisas ficam somente nisso, mas, na briga por fatias de mercado, alguns fabricantes incrementam os discos com alguns programinhas já instalados. São, por exemplo, aplicativos de backup, ou gerenciadores mais sofisticados. Esse é o caso do FreeAgent Pro da Seagate, que permite transportar as informações de seu ambiente de trabalho e utilizá-las em qualquer computador. Ou seja, você tem a aparência e os arquivos do seu desktop em qualquer micro. O FreeAgent analisado veio com um disco Seagate de 7.200 rpm (rotações por minuto) e capacidade de 1 TB (ou 1000 Gygabytes), o maior disponível atualmente no mercado.

Já o My Book, da Western Digital, se apega ao conceito do disco externo simples e prático. Uma das curiosidades de seu projeto é a existência de uma interface Firewire 400 adicional (mais usada em Macs) e um conector USB 2.0 Mini, que permite que seu cabo seja utilizado também em câmeras digitais, handhelds e até mesmo smartphones, o que pode ser uma mão na roda para usuários móveis. A desvantagem desse produto é que ele não é distribuído regularmente no Brasil, de modo que a própria Western Digital sugere procurá-lo em lojas do exterior, como Amazon.com.

Compartilhando dados

O compartilhamento de dados talvez seja a aplicação mais interessante dos equipamentos de armazenamento para os usuários domésticos e de pequenos negócios, já que o aparelho realiza a mesma tarefa básica de um servidor de arquivos, só que em uma escala menor, mais em conta e até consumindo menos energia que um computador voltado para apenas essa aplicação. O curioso é que esses discos de rede não deixam de ser pequenos computadores com um sistema operacional, geralmente Linux, dedicado ao gerenciamento do acesso à rede e aos dados. O processo de instalação é um pouco mais complexo e varia de acordo com o fabricante, mas, no geral, todos passam pelo mesmo procedimento: liga-se o disco no switch da rede local, coloca-se o CD de instalação em um PC em um PC conectado na mesma rede, e o aplicativo de detecção começa a rodar, localizando o endereço IP do disco. Esse procedimento permite que o usuário configure o equipamento de acordo com as suas necessidades, incluindo a criação de contas de usuários, nível de acesso e quantidade de memória que pode ser ocupada pelo usuário. É comum alguns discos já virem com pastas comuns pré-configuradas, que podem ser acessadas por todos os usuários da rede e até servidores de mídia, com o objetivo de para compartilhar músicas com todo mundo, por exemplo.

A solução mais simples de compartilhamento desse comparativo é o Home Network Hard Drive de 320 GB da Iomega. Simples porque pode ser usado tanto como um disco de rede quanto um disco USB. Como não existem muitas restrições de segurança, é possível a visualização das pastas da rede enquanto a porta USB é utilizada. Assim, entendemos que o uso na rede está mais como uma facilidade do que uma necessidade propriamente dita. A Iomega ainda oferece um produto bem mais elaborado, que é o StorCenter Network Hard Drive, de 500 GB. Esse disco, oferece porta USB apenas para conectar discos adicionais e impressoras, podendo ser usado, assim, como servidor de impressão.

Um detalhe que começa a ganhar importância entre os discos de rede é o uso de portas Gigabit Ethernet (1.000 mbps), que podem contribuir e muito no desempenho dos discos. O Gigabit Ethernet é um padrão que foi criado para aumentar o desempenho de redes locais. Notamos aumento de desempenho nos testes realizados com um switch Gigabit Ethernet em comparação aos modelos com porta Fast Ethernet (100 mbps). O StorCenter da Iomega, por exemplo, levou apenas 84 segundos para copiar, do PC para o disco, nossa massa de dados – formada por 3.492 arquivos de diversos tamanhos espalhados por 108 subdiretórios (totalizando 100 MB). Já o Home Network Hard Drive, com porta Fast Ethernet, levou em média 106,77 segundos.

Outro aparelho testado foi o Ethernet Disk Mini Network Hard Drive da LaCie, que apresentou um desempenho ainda melhor que o disco da Iomega. No entanto, sua desenvoltura com a porta USB 2.0 não foi das melhores. Ao conectarmos o LaCie ao PC pela USB, ele foi reconhecido como um disco de rede, e sua velocidade máxima ficou limitada a 426 mbps, um pouco abaixo dos 480 mbps do padrão USB 2.0. Mas, o que a LaCie perde em desempenho, ela ganha em segurança.

Finalmente, se você precisa de uma solução de armazenamento em rede para seu pequeno negócio ou mesmo empresa, a saída pode estar na ReadyNAS 1100 da NetGear, uma impressionante solução de NAS (Network Area Storage) que, no nosso caso, veio com quatro discos SATA de 500 GB cada, totalizando 2 TB. Para esclarecer, NAS pode ser definida como uma rede de alta velocidade, que permite o estabelecimento de conexões diretas entre os dispositivos de armazenamento e computadores.

Entre os modelos analisados pelo Olhar Digital, o ReadyNAS 1100 foi o único que não tem a forma de um dispositivo de mesa e sim o formato de um dispositivo de rack de 1U de altura (1 unidade padrão de rack, equivalente a 4,45 cm de altura), mais indicado para montagem em grandes gabinetes. A configuração do ReadyNAS 1100 é um pouco mais complexa, mas, ainda assim é simples: qualquer usuário capaz de configurar um roteador de banda larga (que são cada vez mais comuns, mesmo em ambientes domésticos), não teria dificuldades de colocar o ReadyNAS em funcionamento.

Alternativas

Apesar de todas as facilidades oferecidas pelos discos externos prontos para uso, ainda assim você pode não encontrar o modelo com a capacidade de sua preferência. Se esse for o seu caso, talvez a solução esteja nos "cases" para discos rígidos: kits em forma de gabinetes vazios, nos quais você pode instalar o disco da sua preferência. Nesse caso, sempre dê preferência aos kits para discos SATA (ou Serial ATA), que realizam a transmissão dos dados em série, como se os bits estivessem em fileira, um atrás do outro. Os discos rígidos com interface PATA (padrão IDE/ATA tradicional, que usa comunicação paralela) tendem a sumir do mercado num futuro próximo.

Dois dos modelos analisados pelo Olhar Digital oferecem espa;o para mais de um disco no gabinete. Ou seja: você compra o gabinete e pode instalar nele mais que um disco para guardar suas informações. O NAS 200, da Linksys, possui espaço para dois discos SATA que podem ser montados como dois discos independentes ou agrupados como um único disco. Para quem não está familiarizado: você pode ter dois (ou mais) discos no seu computador, mas você pode programar seu micro para "enxergá-los" como se fosse apenas um. Essa programação pode ser feita de diferentes maneiras. Os técnicos chamaam de RAID 0 (uma configuração que privilegia o desempenho) ou RAID 1 (maior segurança).

O dispositivo da NetGear vai além dessas possibilidades. Com ele, você pode usar as configurações de RAID 0, 1 e também uma outra configuração, chamada de RAID 5, que combina três ou mais discos e garante a recuperação de todos os dados, mesmo que algum dos discos dê problema.

Para finalizar, se você já tem um HD externo, e usa a conexão USB, você pode transformá-lo num disco de rede - que pode ser enxergado por vários computadores e não apenas pelo seu. Adaptadores de rede, como o TS-U200, da TRENDnet, fazem o trabalho.

Conclusão

Pela diversidade de produtos, características e preços, resolvemos não premiar nenhum deles com o a escolha do Olhar Digital, mas temos certeza que, mesmo sem nossa indicação, alguns desses produtos devem atender satisfatoriamente às suas necessidades de armazenamento.
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