Associação que define os padrões do formato de alta definição propõe novos modelos de discos com ainda mais espaço.
Depois da batalha de formatos contra o HD-DVD da Toshiba ter sido vencida, o Blu-ray começou a se popularizar discretamente. Com players de diversos fabricantes – inclusive o Playstation 3 da Sony – suportando o formato e com a explosão de vendas das televisões Full HD, o BD (Blu-ray Disc) começou a entrar nos lares de pessoas do mundo todo.
Os principais consumidores do formato estão no Japão e na Europa, sendo que nos Estados Unidos – e no Brasil – os discos azuis ainda são considerados mais como curiosidades e itens de colecionador do que o padrão de consumo de filmes e séries.
Mesmo assim, a indústria da tecnologia sobrevive de inovação e o Blu-ray, para se manter no mercado, também precisa apresentar novas possibilidades. Espera-se para breve a publicação das especificações dos dois novos formatos de discos BD: o BDXL (discos de alta capacidade graváveis ou regraváveis) e o IH-BD (discos intra-híbridos).
Armazenagem e arquivamento
Voltado principalmente para o setor comercial, o BDXL é indicado para quem precisa de grande espaço de armazenagem. Emissoras de TV, estúdios de cinema e publicidade, departamentos de imagem aplicada à medicina podem – utilizando esses discos – esquecer as mídias magnéticas e fazer seus backups em discos óticos mais confiáveis e duradouros.
O padrão BDXL apresenta dois formatos básicos. O formato gravável – com até 128 GB de capacidade –, e um de regravação contendo até 100 GB de dados.
Conteúdo (praticamente) fechado
Ao contrário do BDXL – de viés corporativo -, o IH-BD é voltado para o consumidor final. Assim como os discos atualmente disponíveis no mercado, o IH-BD conta com apenas duas camadas de dados, porém a natureza delas é sua principal força.
Enquanto hoje ou você encontra discos de conteúdo estático - no qual você não pode gravar nada - ou graváveis - uma ou mais vezes - o IH-BD pretende reunir ambos os modos em um mesmo disco.
Com uma camada BD-ROM e outra BD-RE, será possível ter um disco com conteúdo protegido de gravação – um filme ou série, por exemplo – e ainda ter espaço para que o próprio usuário guarde informação, sem precisar abrir a bandeja do leitor.
O principal uso encontrado aqui no Baixaki foi para jogos. Imagine o seu PS3 salvando dados dos seus feitos direto no disco em que está o jogo. Outra possibilidade até mais interessante é guardar dados de expansões de determinado jogo no mesmo disco em que está o original, preservando assim espaço no HD do console para outros jogos e downloads.
Novos players
Como os padrões ainda não receberam especificações técnicas, ainda não há previsão de lançamento dos leitores desses formatos. O que se sabe, entretanto, é que os drives atuais não serão compatíveis com o BDXL ou com o IH-BD.
Para conseguir todos os 128 GB disponíveis no BDXL, cada disco utiliza entre três e quatro camadas de dados, o que exigirá do leitor um laser mais potente do que o disponível nos modelos atuais.
O mesmo é verdade para o IH-BD, apesar de o padrão usar a mesma quantidade de camadas de um Blu-ray atualmente comercializado. Para que seja possível obter a versatilidade de camadas estáticas e graváveis em uma mesma peça, algumas características do laser de leitura e gravação serão diferentes das existentes em leitores atuais.
Na prática, isso significa que, apesar do potencial para utilização no PS3 e em outras aplicações domésticas, não existirá compatibilidade entre os novos discos e o hardware atualmente disponível. Nem mesmo a alteração do firmware poderá gerar a conversa entre leitores atuais e novos discos.
Felizmente, porém, novos leitores serão retrocompatíveis com discos atuais, quando forem lançados. Isso será possível graças à natureza da tecnologia utilizada no BDXL e no IH-BD, que nada mais é que uma extensão da já existente. Assim, apesar de a configuração do laser sofrer alterações, será possível – através de software – modulá-lo para a leitura de discos BD comuns.
Outra coisa que deve ser esperada é a chegada deste tipo de avanço aqui nas terras brasileiras, algo sem data para acontecer.
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