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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Noções Básicas de Hardware

:: Noções Básicas::
Ao contrário do que se possa supor, conhecer os mecanismos e funcionalidades de um computador pessoal não é exclusividade de técnicos ou iniciados: mesmo para uma pessoa que não tenha o hábito de ler revistas da área ou que não seja lá muito curioso nem paciente para "fuçar" na máquina, é perfeitamente possível ao menos conhecer alguns conceitos básicos de hardware, ou seja, a estrutura física do seu computador.

Lembre-se daquela cena, que já deve ter ocorrido com você ou com um amigo, e que provavelmente motivou você a pesquisar aqui: você chegou à loja para comprar uma placa de vídeo nova (a placa antiga era tão velha que rangia quando começava a funcionar), encontrou também um amável vendedor, que foi muito gentil ao mostrar to dos os componentes da loja, um por um. A coisa andava muito bem até o momento em que ele começou a perguntar sobre quadros por segundo, bits de cor e pixels. Você não sabia o que era isso -queria mesmo era uma placa de vídeo nova.

E foi o que você teve, bem embrulhada, em uma caixa grande, cheia de manuais... Valeu a pena ter pagado quase 500 reais afinal é uma placa de último tipo...
Mas deu tudo errado! Ao abrir o computador, você descobriu que sua placa não possuía aquele... como chama mesmo? Ah, slot AGP. É, assim fica difícil instalar o vídeo.
Para completar, a tentativa de instalar a placa naquele encaixe branco (na verdade, o slot PCI) no qual estava a placa de vídeo antiga talvez não tenha sido boa idéia... Mas, afinal de contas, como você poderia imaginar que o slot racharia e a placa teria alguns arranhões (coisa pouca) por conta de uma "forcinha"?

Vamos esquecer as lembranças tristes e aprender a não fazer mais confusões. Nesta primeira parte, faremos uma viagem pelo interior do computador, observando cada um dos seus componentes e suas funções, dando atenção especial ao chipset, o coração da placa-mãe.
:: Conheça os componentes do seu PC::
Para montar um computador ou fazer qualquer alteração naquele que você já tem, é importante conhecer bem seus componentes e como ele funciona. Muitos usuários iniciantes, quando o computador começa a ficar obsoleto, acabam comprando uma máquina nova e dão um jeito de se livrar da antiga (vendendo, trocando por outra, trucidando-a com um taco de beisebol). Só que, geralmente, o problema pode ser resolvido de forma mais sensata: em muitos casos, basta fazer o upgrade da memória RAM, do processador e, talvez, da placa-mãe.

"Processador? Memória de quê? Isso pra mim é grego!!!", é o que você pode estar pensando. Mas não precisa entrar em pânico; afinal é para isso que você tem este guia em mãos: para que todos esses nomes e termos passem a fazer parte do seu vocabulário. Neste capítulo, você verá quais são as peças que se encontram dentro da sua máquina e qual é a função de cada uma delas, além de, como identificá-Ias e comprá-Ias corretamente, aumentando a potência do seu computador. Depois dessa, você sairá falando grego fluentemente!

:: Dados::
Para entender melhor o que acontece no interior do computador, você deve saber primeiro o que é que ocorre para que todas as cores e objetos apareçam na tela. Tudo aquilo que você vê, na verdade, não passa de dados binários (zeros e uns), processados pelos vários componentes que se encontram dentro do gabinete.
Os dados são as informações que você guarda no seu micro. Existem duas formas diferentes de registrar dados: a forma analógica (uma música gravada em uma fita K-7 ou fita de vídeo VHS, por exemplo) e a forma digital. Os dados analógicos podem ser representados por meio de uma onda em um gráfico. O problema com esse formato de dados é que qualquer interferência externa pode causar alterações ou até mesmo apagar algo. Se o computador usasse dados analógicos, correríamos o risco de, ao salvar um documento do Word em uma pasta, fazer com que uma frase ou parágrafo inteiro de outro documento do Word, na mesma pasta, simplesmente desaparecesse.
Por isso o computador utiliza dados binários, registrando valores positivos e negativos, ou seja, os números O e 1. O número "181", por exemplo, pode ser representado digitalmente como "10110101". Qualquer arquivo salvo texto, imagem, sons - nada mais é do que uma seqüência de zeros e uns. Quanto maior for o tamanho do arquivo, maior será a seqüência de zeros e uns que o comporão, e são exatamente essas seqüências que serão processadas pelos componentes do seu computador. Por processar, leia-se transformar esses zeros e uns em imagens, letras e representações visuais que seus olhos entendam ao observar o monitor. Sem esse processamento de informações, tudo que você verá são aquelas pequenas chuvas de. algarismos na tela do computador, tal qual no filme Matrix (lembra?). E adivinha que algarismos seriam esses?

Cada algarismo dessa seqüência que compõe um dado é chamado de bit, abreviação de binary digit ou "dígito binário". Um conjunto de oito bits forma um byte, e um conjunto de 1.024 bytes forma um kiloByte ou Kbyte (o número 1.024 foi escolhido por ser a potência d~ 2 mais próxima de 1.000). A partir daí, a progressão segue baseada nesse número: 1.024 Kbytes formam um megabyte, 1.024 MB formam um gigabyte, 1.024 Gb formam um terabyte e 1.024 TB formam um petabyte. Isso quer dizer que um arquivo de Word, por exemplo, de 27 Kbytes (KB), tem 27.648 bytes ou 221.184 bits. Isso significa que ele tem uma seqüência de 221.184 zeros e uns a ser processada pelo computador, para que essa seqüência apareça na tela na forma da representação de uma folha de papel com um monte de caracteres escritos nela.
:: Processamento de Dados::

Não é à toa que o processador tem esse nome. É justamente ele o componente responsável por processar os dados de que acabamos de falar. Ou seja, "traduzir" aquele monte de uns e zeros de um arquivo em algo inteligível ao usuário. O processador trabalha com dois valores: a velocidade de processamento e a freqüência de operação (ou clock), a qual diz quantas operações podem ser feitas por segundo. A indicação dessas características vem apresentada no nome do processador. Por exemplo:

Processador 486 de 100MHz
-486: freqüência de operação
-100MHz: velocidade de processamento
A velocidade de processamento é medida em milhões de ciclos por segundo (MHz) , mas nem sempre uma velocidade alta garante bom desempenho. Um processador 486 de 100 MHz é muito inferior a um Pentium de 100 MHz, já que este tem uma freqüência de operação pelo menos duas vezes mais alta.


A freqüência de operação dos processadores aumentou muito com a inclusão de dois elementos que, antigamente, eram encontrados na placa-mãe em separado, mas que agora já fazem parte da arquitetura dosprocessadores mais avançados. O primeiro deles é o co-processa- dor aritmético, uma espécie de processador auxiliar, muito encontrada em operações realizadas por programas de gráficos e responsável por calcular operações com resultados fracionários. O outro elemento é a memória cache, a memória na qual o processador procura as informações solicitadas com mais freqüência. A memória cache é dividida em L1, que sempre foi embutida no processador, e L2, que passou a ser embutida depois. Se a informação não estiver à mão em nenhuma dessas memórias, a resposta "Não" aparecerá de imediato na tela do computador, pois o processador terá de procurar a informação na memória RAM

:: A Base de Tudo::


O processador que acabamos de ver, bem como todos os componentes do computador, deve estar conectado a uma grande placa, presa a uma parede interna do gabinete, com diversas entradas para encaixe de cada componente e cabo. Essa placa é chamada de placa-mãe, e também tem a função de fazer com que o processador se comunique com os outros componentes e periféricos da máquina. As possibilidades de upgrade de um componente, suporte a novas tecnologias e, de certa forma, a própria performance da máquina, dependem da placa-mãe; Afinal, não adianta comprar, por exemplo, uma placa de vídeo de última geração se a sua placa-mãe não possuir o slot (entrada de conexão) adequado para ela.
A placa-mãe pode ser encontrada nos formatos AT e ATX, sendo que o primeiro está, aos poucos, sumindo das prateleiras. A diferença entre os dois modelos é que as placas AT são menores, ocupando menos espaço e tendo menos entradas para-a inserção de componentes. Já o modelo ATX, além da vantagem do tamanho e de comportar mais peças, é compatível com a fonte inteligente dos gabinetes de mesmo padrão, permitindo que o computador seja desligado totalmente ao finalizar o sistema operacional. Um terceiro padrão de placas-mãe tem aparecido no mercado, e comporta as qualidades do padrão ATX com o tamanho das antigas placas AT, para caber nos antigos gabinetes menores -as mini-ATX. Mas, de qualquer forma, uma fonte ATX é necessária.
Independentemente do modelo, em uma placa-mãe você encontrará os mesmos componentes, como slots ISA, PCI e AGP para a conexão das placas de vídeo som e modem; soquetes para a inclusão de memória e processador; portas seriais e paralelas; controlador de drive de disquete; interface mE; conectores para o teclado e fonte; portas USB; reguladores de tensão; BIOS e o chipset; Veja, a seguir, uma descrição dos principais componentes da placa-mãe:

Chipset: um conjunto de chips que funcionam em parceria, cada um executando uma função (um chip controla a memória, outro controla a interface me, etc). Esse conjunto é a parte mais importante da placa-mãe, já que ele controla todo o fluxo de dados entre o processador, a memória RAM e os outros componentes. O chipset também controla as freqüências de barramento da placa-mãe e, conseqüentemente, os processadores que a placa-mãe suporta. Ao comprar uma placa-mãe nova, procure saber quais processadores o barramento do chipset suporta.

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